Em 2010 o APIÁRIO SANDRINI comemora 3 anos de trabalho. Muito aconteceu nesse tempo. Muito mudou. Algumas coisas porém, continuam iguais: A competência, a seriedade e o respeito com que o BEM na apicultura brasileira e naqueles que a realizam, é tratado. O BEM é a essência viva do homem, assim como de toda a natureza. Se o homem se afasta da sua natureza biológica, ele se afasta do BEM e já não pode entendê-lo como tal. A visão clara, límpida, leva ao BEM, ao natural. A visão embaraçada leva ao engano, à mentira, ao mal. Nossa idéia de mundo é a imagem espelhada de nós mesmos. Animamos a natureza conforme nossos sentimentos, sensações e desejos. O homem que se afasta da sua natureza, precisa inverter o BEM, o justo, o amor verdadeiro para adaptar o natural à sua visão deturpada. Isso talvez explique a destruição dos ecossistemas, a extinção de espécies, a violência, a mentira, o ódio, as guerras. Isso talvez explique porque o homem precisa perverter o BEM na natureza, criando o mal. A perversão da realidade é uma armadilha que tem feito o homem ver o BEM como mal, como algo a ser perseguido e destruído; e o mal como sendo bom, como algo a ser buscado, desejado. A história da humanidade está cheia de exemplos de pessoas que perceberam o engano e advogaram em favor do BEM. Foram assassinados, queimados, envenenados, crucificados, internados. A inversão está por toda parte, ela é como uma peste contagiosa. Ela também pode ser encontrada na apicultura brasileira. Nossa apicultura precisa de mudanças, ela está sedenta pelo BEM. O BEM da apicultura brasileira sofreu um golpe muito duro quando em 1956 chegaram aqui as raças africanas. No cenário que se formou, logo surgiram aqueles que percebendo o perigo que o BEM corria, vieram interceder em seu favor. Nomes como o do gaúcho Bruno Schirmer, pessoa de bom caráter e fibra que muito fez pelo BEM na apicultura brasileira. Infelizmente logo surgiram também aqueles que afastados da sua natureza, vieram justificar o mal, incapazes de enxergar o que realmente acontecia, esses escravos do erro, vieram acomodar a situação às suas visões pervertidas e sem vida. Usaram de todos os meios para justificar e enganar, esconder e defender o mal, sepultar o BEM. E o mal prosperou como praga numa lavoura. Quem pagou o preço alto desta tragédia foi a apicultura brasileira e o pobre apicultor que a mantém. Pessoas simples que trabalham no sol, aprisionados nas suas armaduras apícolas, atacados ferozmente por insetos armados, desiludidos com suas colméias freqüentemente abandonadas, desabitadas ou até felizes com a esmola de suas míseras colheitas. As abelhas de raças européias, mansas, produtivas, o BEM da apicultura, foram julgadas, acusadas e condenadas pelo mal, perseguidas, difamadas e humilhadas, assim como aqueles que ousaram defendê-las. A verdade sobre elas está próxima, basta olharmos nossos vizinhos: Argentina, Canadá, Estados Unidos com suas colheitas até 10 vezes maiores que a média produtiva de muitas regiões brasileiras hoje. Com que abelhas eles realizam suas apiculturas? Com as africanas é que não. O sepultamento do BEM é impossível. Apesar das tentativas contrárias ele sempre surge da essência humana. O BEM é a própria vida. Enquanto houver vida, haverá o BEM, ele é essência dentro de cada ser que se movimenta sobre a Terra. Nestes anos, o APIÁRIO SANDRINI tem o orgulho de percebendo o BEM, estar com ele comprometido. Apesar das investidas, aprendemos a reconhecer o mal e evitá-lo, protegendo o BEM. Temos semeado o BEM, por todos os lugares por onde passamos. As vezes ele cai sobre as pedras, as vezes sobre os espinhos, felizmente também cai sobre a terra fértil e nesses casos pode florescer e resgatar o BEM adormecido nas pessoas. O APIÁRIO SANDRINI é consciente da sua responsabilidade e do valor que possui nosso maior protegido: o BEM. Sabe também das dificuldades a que se dispõe quem resolve carregar o BEM numa terra de inversão. Esperamos poder um dia ver nossos campos povoados por abelhas mansas, produtivas, cultivadas por pessoas unidas às suas verdadeiras essências biológicas naturais. Capazes de distinguir o BEM da perversão e defendê-lo da peste contagiosa.